domingo, 20 de janeiro de 2013

Para salvar o Senado do seu maior fiasco

"O Congresso Nacional também está desmoralizado diante das duas outras instituições democráticas: o Judiciário e o Executivo. Refém do Executivo e vendo a Suprema Corte provocada a consertar seus erros, o Parlamento está apequenado e necessita de uma nova pauta que privilegie mudanças radicais no modo de legislar".




O senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, também manifestou sua indignação contra essa insólita articulação que devolverá a Presidência do Senado a Renan Calheiros, o mesmo que, em 2007, se viu forçado a renunciar ao cargo num acordo que preservou seu mandato no voto secreto, diante das acusações de toda  natureza que pesavam sobre ele.
Em sua Carta Aberta à Opinião Pública, o senador socialista enfatiza: 

"O Congresso Nacional também está desmoralizado diante das duas outras instituições democráticas: o Judiciário e o Executivo. Refém do Executivo e vendo a Suprema Corte provocada a consertar seus erros, o Parlamento está apequenado e necessita de uma nova pauta que privilegie mudanças radicais no modo de legislar".

Seu texto, afinado com o do senador Cristovan Buarque, é mais uma peça na resistência de alguns políticos do bem na tentativa de salvar o Senado do maior fiasco de sua história.  
Aqui, a íntegra do documento, que nos foi enviado pelo combativo jornalista Chico Bruno:


"Carta aberta à opinião pública

O ano político começa em 1º de fevereiro de 2013 com a eleição dos Presidentes do Senado e da Câmara de Deputados. O que devemos decidir é se aceitamos mais do mesmo, ou ao contrário, se pretendemos interferir na sucessão visando oxigenar o debate político, apoiando-se no significativo respaldo recebido dos cidadãos nas urnas.

É que a questão envolve a mudança de práticas não republicanas, um jogo de cartas marcadas que impede a oxigenação do Poder Legislativo, haja vista, que as duas presidências são ocupadas em rodízio desde o primeiro mandato de Lula apenas por dois partidos da base de tantas legendas partidárias.

Foram gestões atrasadas, equivocadas e práticas nada republicanas que fizeram do Legislativo, um poder desacreditado pela sociedade.

Na Câmara, existem candidatos em confronto com essa mesmice.

Mas no Senado estamos inertes, observando as manobras. A inação pode conduzir a Casa às antigas práticas e desencontros.

Ora, oxigenar o Congresso Nacional é mais do que necessário. Uma simples análise do desempenho nos últimos anos, particularmente na última legislatura (2011-2012), demonstra a sociedade que estamos muito aquém daquilo que a população pode esperar. Esse necessário pilar da democracia está desmoralizado aos olhos da população que não mais aceita desmandos e patranhas: morosidade, 14º e 15º salários, CPIs inconclusas, 3060 vetos protelados, não votação de Orçamento e FPE, privilégios, entre tantos outros problemas.

O Congresso Nacional também está desmoralizado diante das duas outras instituições democráticas: o Judiciário e o Executivo.

Refém do Executivo e vendo a Suprema Corte provocada a consertar seus erros, o Parlamento está apequenado e necessita de uma nova pauta que privilegie mudanças radicais no modo de legislar.

Desde a redemocratização, o Executivo transformou o Legislativo em caixa de ressonância de suas ações, em correia de transmissão dos interesses do Palácio do Planalto, diria Lênin. O franciscanismo, erigido em pedra angular de apoio ao executivo, em parte graças a essas malditas emendas parlamentares, é um exemplo acabado da subordinação.

Agora, foi à vez de o Judiciário, ao ser provocado, desmoralizar o Legislativo.

Bastou um membro do STF, em decisão monocrática, lembrar os parlamentares que eles não cumpriram com o regimento, ao protelar desde 2000, nada menos que 3060 vetos, para que a desmoralização alcançasse o ápice e se criasse uma crise institucional. A “judicialização” do Legislativo caminha rapidamente.

Ora, nós temos condições de propor outra dinâmica que vise resgatar o Parlamento, restaurar a dignidade e a independência do Congresso Nacional. É necessário abrir a discussão com todas as sensibilidades políticas que fazem parte da base do governo para se diagnosticar que tipo de Parlamento nós queremos.

Para tal, é necessário intensificar a discussão com os parlamentares que se opõe a práticas retrógradas de maneira a fortalecer o Parlamento com vistas à formulação de uma proposta inovadora. Que o novo parlamento seja resultante de um consenso entre os parlamentares que pretendem modificar o atual quadro Legislativo. Inclusive para afirmar que temos condições de assumir maiores responsabilidades legislativas.

Caso contrário, dia 1º de fevereiro poderemos ter como presidentes personagens pouco habilitados a representar os parlamentares, para não dizer “qualificados”, pois é disso que se trata.

Senador João Capiberibe (PSB-AP)".

8 comentários:

Anônimo disse...

A desmoralização maior recai sobre o povo, sobre nós eleitores. Renan, Sarney e outras cobras são produtos que se fosse em outro país talvez nem existissem mais. É complicado ser brasileiro e ter que ver e assistir manipulações em nome do povo. Ninguém quer nenhuma peça marcada dessas no poder, infelizmente só quando morrerem pelo que se ver.

Anônimo disse...

Pois é, vamos esperar esse milagre!!
conheço uma pessoa que diz que se dependesse dele esse pessoal ja estaria morando no inferno a muito tempo.

José Duarte disse...

Felizmente ainda existem algumas poucas andorinhas no Senado. Só que essas poucas andorinhas infelizmente não fazem verão.

Augusto disse...

Onde o nobre Senador João Capiberibe (PSB-AP) cita “poucos habilitados a representar os parlamentares” devia-se ler “desqualificados” tanto pelos próprios colegas de casa quanto repudiados por seus eleitores. É inaceitável que com uma ficha tão suja quanto o de cachoeira venha a ocupar novamente a presidência do Senado. Isto não só desmoraliza o Senado como deixa claro que pouco estão se importando com o que pensa a opinião publica e nos eleitores. Pelo que se mostra o Senado tem dono e se rateia a direção entre amigos próximos e familiares. Quem sabe se um dia não vamos assistir a transferência da presidência de pai para filho? Pelo que se demonstra é só uma questão de tempo...

Anônimo disse...

Esse Senado já é desmoralizado faz tempo. Nosso povo é burro, se vende por qualquer tostão, tanto corrompe, cmo aceita ser corrompido e os políticos brasileiros vivem envolvidos em escândalos, seja de passagens de avião, cartão corporativo, etc. Então quem representa o povo brasileiro não tem idoneidade, moral, ética...Em nome do povo e com o dinheiro público ficam ricos e vivem de toma lá da cá em relação prosmíscua com as "autoridades" que infelizmente representam o povo e são os detentores dos cargos.

Anônimo disse...

Para começar. todas as votações deveram ser OBRIGATORIAMENTE abertas.Quem tem medo de mostrar a cara não devia representar o povo que tem o direito de saber como votam seus escolhidos. Portanto, se não é regra, aqueles que são HOMENS, deveriam declarar seu voto na imprensa, já que é muito dificil acessar os sites dos politicos para fazer cobranças. Isto, para qualquer matéria.

GUIDONI disse...

O SENADO NÃO REPRESENTA NADA. É UM GRUPO DE PESSAS ELEITAS PELO PODER ECONOMICO, PORTANTO NÃO REPRESENTA NADA. SARNEI E RENAM, JA DEVERIAM ESTA FORA DE LA, SEUS COLEGAS, NÃO FAZEM NADA PARA TIRAR-LOS DE LÁ, PORQUE SÃO CONIVENTES COM OS PESSIMOS SENADORES. REGATTIERI

Unknown disse...

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